Treinos, Viagens e Bons Papos

Treinar muitas vezes é exaustivo, mas pode também ser super prazeroso!
Ontem, fui de novo para Ibitipoca!! E, ir a Ibiti é sempre gostoso, mesmo que seja p/ ir e voltar no mesmo dia!!
Emerson e eu saímos de Juiz de Fora pouco depois das 7 horas da manhã e lá pelas 8:30 h já estávamos comendo pão de queijo e tomando o café da manhã na Ibitipão, uma padaria na vila de Conceição do Ibitipoca.
À 9 horas começamos nosso trekking e tivemos muita sorte, pois ao dia estava nublado e com uma brisa refrescante, diminuindo bastante o calor. Fizemos uma ótima caminhada até a Janela do Céu, um dos pontos mais distantes do Parque Estudual do Ibitipoca. No caminho, passamos pelo ponto mais alto do parque, a Lombada, com seus 1784 metros de altitude, ou seja, uma ascensão de cerca de 450 metros. Nos arredores da Lombada se tem uma vista maravilhosa dos arredores do parque.

Vista do entorno do Parque Estadual do Ibitipoca

Depois de atingir a lombada, começa uma longa descida até chegarmos à Janela do Céu, o que dá uma distância de cerca de 8 km desde o início da caminhada.

Vista da cachoeira da Janela do Céu antes do início da queda d'água

 

Vista do rio antes da Cachoeira da Janela do Céu

Emerson e eu na Janela do Céu

Após um sanduba e alguns biscoitos tomamos o caminho de volta para percorrer os 8 Km morro acima e morro abaixo até o carro, com o sol começando a sair e calor a aumentar.

Belezas do caminho

Ainda na volta, tivemos a grande surpresa de encontrarmos o amigo Felipe Vieira com Cris e um casal de amigos no alto da lombada.

Eu, Felipe e Emerson na Lombada

Deixamos Felipe e seu grupo para trás e iniciamos a longa decida até o carro para completar os cerca de 16 Km de caminhada. Depois de 6 horas na trilha, muito visual maravilhoso e ótimos papos, regressamos a Juiz de Fora.

A propósito, Emerson foi convidado para integrar a aventura ao Nepal, mas infelizmente, não pode participar dessa empreitada, mas já estamos programando algumas viagens para o inverno (Travessia Petrópolis-Teresópolis, Pico da Bandeira e Pico das Agulhas Negras).

Treinamento

Cara, vou caminhar durante 17 dias, montanha acima e abaixo e ainda por cima com ar rarefeito!!! Preciso treinar bastante e emagrecer uns bons kilos!!!
Isso foi uma das primeiras coisas que pensei quando decidi fazer a viagem ao Himalaia!! Tinha uns 6 meses pela frente para me preparar.
Decidi então que precisava da ajuda de um Personal Trainer e procurei o pessoal da VidAtiva Consultoria Esportiva para iniciar os treinamentos. Isso foi no início de setembro de 2010. Estava na época sem malhar há uns 6 meses e com 76,5 Kg. Para quem tem 1,69 m é um pouco acima do peso ideal, ou seja, gordinho!!
O mais difícil foi arrumar um horário para fazer as atividades físicas, pois trabalho o dia inteiro!!
Marcamos então para começar no dia 13 de setembro, às 6 horas da manhã!!! Isso mesmo, de madrugada!!
Iniciamos apenas com treinamento funcional, 3 vezes por semana, nas duas primeiras semanas! Depois, passei a madrugar todos os dias, fazendo treinamento funcional nas segundas, quartas e sextas e atividade aeróbica (caminhada e, principalmente, corrida) nas terças e quintas, cada vez com maior intensidade!
Além disso, nos fins de semana aproveito para vestir as botas de trekking (importante amaciar o equipamento), a mochila (cheia de blusas de lã, sacos de feijão, arroz, etc, só para fazer volume e peso) e subir várias vezes as escadas do prédio em que moro e também o morro da minha rua, que diga-se de passagem, é bem íngreme. De vez enquanto, isso fica um pouco mais agradável com a companhia da minha baixinha mais nova, a Lis (5 anos), que adora ir para sala de ginástica e malhar comigo. Já chegou até a subir as escadas aqui do prédio (16 andares) 2 vezes seguidas comigo.  E, às vezes, também saio para pedalar!

Lis e eu treinando na escada do prédio

Além disso, já fiz algumas caminhadas até o Morro do Pião, no Parque Estatual de Ibitipoca, que fica a 1722 m de altitude e está a cerca de 5 km da entrada do parque, ou seja, são uns 10 km de caminhada.

Principais trilhas do Parque Estadual do Ibitipoca

Adriana (minha esposa) e eu no Pico do Pião - Jan/2011

Minha filha Mel (7 anos) iniciando no Trekking

Toda a família (Eu, Adriana, Mel e Lis) em Ibitipoca, após o Trekking.
Notar que Lis também já está treinando com os bastões da caminhada.

O treinamento é bastante duro, mas quando a gente tem um objetivo, ele se torna super prazeroso!! É ótimo sentir a evolução e o ganho de preparo físico, além claro, de ver os números diminuindo na balança. Já estou com 70,5 Kg e pretendo viajar com uns 69 Kg. Cada kilograma que emagreço é menos 1 kilo que vou ter que carregar montanha acima!!

Quadro Vacinal para o Nepal

Olá,

Coloco abaixo o quadro vacinal sugerido pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention) - tradução livre - para viajantes ao Nepal. Além claro, da vacina para Febre Amarela, já comentada anteriormente.

Vacinas para Viajantes

O viajante corresponde um grupo especial que possui riscos de contrair doenças durante o período de sua viagem. Dependendo para onde o viajante está indo, é preciso cuidados com o risco de adquirir determinados doenças, seja através da alimentação e água, uso de ambientes fechados, como por exemplo o avião, contato com germes (vírus, bactérias, etc) para os quais não tem anticorpos, contato com vetores de doenças, insetos principalmente. E, o turista também pode levar doenças para o lugar onde está visitando. Como exemplo, podemos citar a febre amarela, cuja vacina é exigida para entrada em determinados países e deve ser tomada pelo menos 10 dias antes da data da viagem.
Sendo assim, uma visita ao médico e um planejamento antes de partir é importante, principalmente quando estamos visitando países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, onde as condições de higiene nem sempre são as mais adequadas.
Algumas vacinas são recomendadas como medida de prevenção do viajante que se desloca para qualquer país, como a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a dT (difteria e tétano), hepatites A e B, poliomielite, influenza e meningite meningocócica, cólera e febre tifóide. A principal orientação da Anvisa é que o viajante esteja em dia com seu calendário vacinal do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. A vacinação deve ser registrada no Certificado Internacional de Vacinação que é emitido em qualquer um dos postos da Anvisa em Portos, Aeroportos e Fronteiras.
Informações mais detalhadas podem ser obtidas nos sites da ANVISA (http://www.anvisa.gov.br/paf/viajantes/rsi.htm) e do CDC – CENTERS FOR DISEASE CONTROL EM PREVENTION dos Estados Unidos (http://wwwnc.cdc.gov/travel).

Com isso, fui conversar com amigos infectologistas (Dr. Cassimiro Baesso e Dr. Guilherme Cortes) e depois com o especialista em vacinas, Dr. Mário Lúcio de Oliveira Novaes, da Clínica Vaciclin em Juiz de Fora – MG, e comecei meu programa de imunização. Antes fiz exames de sangue para conferir minha imunidade para diversas doenças e daí iniciei a atualização do meu calendário de vacinas. Foram 7 picadas em 3 semanas. Iniciei com a Tríplice Viral (sarampo, rubéola e caxumba), Febre Amarela e DTPA (Difteria, Tétano e Coqueluche). Nesse dia, aproveitei para levar minha baixinha, Lis, para atualizar seu cartão da vacinas, pois estavam faltando algumas vacinas que são feitas aos 5 anos de vida. Tadinha, ela ficou morrendo de medo, mas se comportou super bem e nem chorou. Na semana seguinte, foram as vacinas para Hepatite A e Meningite. E na terceira semana, contra a Cólera e Febre Tifóide. Alem disso, ainda faltam a 2a dose de DT (Difteria e Tétano) e Cólera. Ou seja, são muitas agulhadas, mas, como médico, fico protegido para viagem e também para o contato com as crianças que atendo todo dias.
Não esqueçam, toda vez que forem viajar, procurem um médico especialista e atualizem suas vacinas.

Busca pelos Equipamentos

Com uma viagem dessas pela frente, faltava muitas coisas importantes para organizar e uma das mais importantes era providenciar os equipamentos necessários para o trekking.

Horas de internet, lista fornecida pela Mountain Madness, telefonemas e pentelhação ao Emerson, visitas à Vigor Sports, no Braz Shopping de Juiz de Fora, consulta ao site Extremos, até ter certeza de tudo que faltava, e faltava muita coisa. 

Acabei comprando quase tudo da North Face, uma das melhores marcas para vestimentas e equipamentos de montanhismo. Comprei ainda os bastões de trekking da Black Diamond. E, como o preço aqui no Brasil é inviável, consegui trazer tudo dos Estados Unidos. Após várias conversas pelo Skype, a Lucimar, da Máxima Intermodal Corporation, em Orlando, Fl me enviou tudo que estava precisando. Algumas coisas mais simples, comprei aqui em JF mesmo.

Dentre os equipamentos adquiridos estão casaco de pena de ganso, casaco e calça impermeáveis, saco de dormir, mochila de ataque (40 litros), bolsas para carregar equipamentos (vão com os carregadores sherpas ou com os iaques), camisetas e até cuecas que eliminam o suor. Mas, só o ato de procurar, discutir, decidir o equipamento já faz parte da viagem.

No site Extremos, o Elias, que é o editor, dá algumas dicas de equipamento, tendo inclusive uma check-list dos equipamentos (só clicar no link) de uma forma bem prática e interessante. Aproveitei para adaptar suas idéias, com o material aconselhado por ele, pela Mountain Madness e minas próprias necessidades e criei minha própria check-list que, assim que descobrir como faço para postar um arquivo do word ou PDF, colocarei aqui para ajudar alguém que precise e receber sugestões.

Abraços.